03/01/2012 – Estilo sóbrio e firme marca 1º ano do governo Dilma

03 de janeiro, 2012

dilmaaprovacao_fabiopozzebom_agbrA presidenta Dilma Rousseff completa seu primeiro ano de governo com uma popularidade recorde de 72% e “um estilo sóbrio e firme de governar e evitar os golpes da crise”. A primeira mulher na Presidência do Brasil impôs um estilo muito diferente do apresentado por Luiz Inácio Lula da Silva: mais gerencial e menos político; mais discreto e sem o carisma popular de seu padrinho político.

“Seu estilo mais duro, de gerente, que dá esta imagem de dama de ferro que enfrenta a corrupção, está agradando a classe média tradicional”, afirmou Ricardo Ribeiro, analista da MCM consultores. Os fatores que impulsionaram esta popularidade recorde para um primeiro ano de governo são a imagem de que enfrenta a corrupção e, em primeiro lugar, “a satisfação dos brasileiros com a economia”, explica Renato Fonseca, gerente do Ibope. – Estilo sóbrio e firme marca 1º ano do governo Dilma (Terra – 28/12/2011) / Dilma tem aprovação recorde após 12 meses (Band.com – 28/12/2011)

“O governo vem adquirindo feições próprias graças também a um estilo político mais sóbrio e mais sintonizado com uma sociedade aberta, na qual são muitos e incontroláveis os caminhos pelos quais circulam as informações e na qual os políticos do governo e da oposição estão expostos, como nunca, ao escrutínio da opinião pública – sem falar das organizações do Estado e da sociedade que têm por objetivo monitorar suas ações. A maneira como a presidente tem lidado com as suspeitas sobre a conduta de seus ministros permitiu que o que poderia ser uma crise de governo – a queda, em menos de um ano, de seis ministros visados pela imprensa – tenha se transformado em elemento importante de um estilo político. Dilma tomou distância do realismo cínico com que problemas do gênero foram encarados durante os anos Lula. Da mesma maneira, a formação de um ministério que, pela primeira vez na história do país, conta com um número significativo de mulheres é indicador de uma sensibilidade mais apurada para valores e símbolos típicos de uma democracia de classes médias, em cuja direção o país parece caminhar.” – Ganhando feição própria, por Maria Hermínia Tavares de Almeida (Valor Econômico – 23/12/2011)

“Nesse primeiro ano de mandato, Dilma foi uma governante mais do esforço de gabinete do que das acrobacias de palanque. Falou pouco, mas passou recados importantes através dos jornalistas que escolheu ou dos pronunciamentos que fez. (…) no primeiro ano de governo, a presidente Dilma conseguiu evitar a explosão inflacionária, manteve algum crescimento mesmo diante de um agravamento da crise global, iniciou um trabalho, que discreto, para conter a corrupção, implantou um estilo próprio de governo e debelou o temor de que fosse ser uma sombra do ex-presidente Lula. Não é pouco. (…) Com tudo isso, a primeira mulher a presidir o Brasil chega ao fim do primeiro ano do governo com um índice maior de aprovação do que seus dois antecessores. Não é pouco.” – Sete quedas, por Míriam Leitão (O Globo – 28/12/2011)

“Segundo os analistas, ao gastar tempo e energia administrando denúncias, o governo perdeu uma oportunidade única de emplacar as reformas necessárias, como a política e a tributária.”- Para especialistas, Dilma teve primeiro ano pouco ‘transformador’ (iG – 30/12/2011)

“A administração se saiu bem em vários aspectos, mas falta arrojo para desatar nós que emperram a economia e elevar o padrão da educação.” – Dilma, ano 1, editorial (Folha de S.Paulo – 01/01/2012)

“Se, por um lado, a presidente encerra o ano com uma fama positiva em relação às iniciativas anticorrupção, os escândalos ofuscaram o lançamento de programas importantes do governo federal, e não foram poucos. Em um esforço para manter uma agenda positiva em meio ao turbilhão na Esplanada, Dilma lançou nos últimos meses os programas Brasil sem Miséria, Rede Cegonha, o plano de combate ao crack, o Brasil Maior e o plano dos Direitos da Pessoa com Deficiência.” – Rigidez contra corrupção marca primeiro ano de Dilma, mas escândalos ofuscam programas (R7 Notícias – 30/12/2011)

Veja também:
“Eu tenho compromisso ético e moral com os pobres deste País”, disse a presidente. “Se fracassar nesse compromisso, terei fracassado em minha missão.(…) Dilma sabe que a lua de mel da população com a primeira mulher presidente acaba em 2012. Até aqui, ela se aproximou da classe média e foi a governante mais bem avaliada na estreia: seu desempenho teve 56% de aprovação, segundo pesquisa CNI-Ibope. De agora em diante, porém, o discurso de intolerância com o malfeito não basta.” – Dilma, a ‘Evita do tablet’, mira gestão eficaz em 2012 (O Estado de S. Paulo – 01/01/2012)

“O Programa Brasil Sem Miséria, que já produziu grandes resultados, vai se consolidar plenamente em 2012. Também vamos poder consolidar programas que o governo federal criou recentemente. Já liberamos recursos para a construção de 1.500 creches e pré-escolas, e estamos na fase final de seleção de mais 1.500 novas creches para 2012. Na saúde, o Melhor em Casa vai continuar levando assistência médica, de qualidade, na própria casa de milhões de brasileiros. O S.O.S Emergência vai continuar melhorando o atendimento nos principais prontos-socorros do país.” – “Estamos entrando em uma era de prosperidade”, diz Dilma (R7 Notícias – 02/01/2012)

“Contrariando o mito machista de que mulher fala muito, no seu primeiro ano de governo a presidente Dilma Rousseff pronunciou-se menos do que seus dois mais recentes antecessores. Foram 189 discursos em 2011 – praticamente uma fala a cada dois dias. (…) Como consequência, o discurso ensaiado de Dilma é mais complexo (às vezes, mais complicado), elabora frases mais longas (25 vocábulos, em média) e usa um arsenal de palavras mais amplo do que o de Lula. (…) A presidente gosta de terminar seus discursos com um “muito obrigada”, de vez em quando manda “um abraço”. Muito diferente do “fiquem com Deus”, recorrente nas despedidas de Lula. “Deus”, por sinal, foi a ausência mais ilustre dos discursos de Dilma.” – A língua de Dilma, por José Roberto de Toledo (O Estado de S. Paulo – 03/01/2012)

Sem apelar para uniforme, Dilma tem visual consagrado por estilistas, por Vivian Whiteman (Folha de S.Paulo – 28/12/2011)
“Começou em pé de guerra e terminou em consagração o “ano fashion” da presidente Dilma Rousseff. (…) A presidente, com muita habilidade, soube virar esse jogo ao longo de 2011. Nunca botou a roupa em primeiro plano, não apelou para nenhum tipo de “uniforme” repetido em série e não precisou vestir marcas de luxo nacionais ou estrangeiras para demonstrar seu apoio ao mercado de moda e ganhar a confiança do setor.”

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