Há pouco mais de dois meses no cargo, o procurador-geral da República Roberto Gurgel vem chamando atenção ao designar mulheres para postos-chaves no Ministério Público Federal (MPF).
Segundo a reportagem do Correio Braziliense, primeiro foi a escolha da subprocuradora Deborah Duprat para vice-procuradora-geral da República, após ela ter ocupado a chefia do Ministério Público durante 20 dias. Depois foi a vez da subprocuradora Sandra Cureau, designada para atuar como vice-procuradora-geral eleitoral. Em meados de outubro. a subprocuradora Ela Wiecko foi eleita corregedora-geral do MPF após um apelo pessoal de Roberto Gurgel para que ela se candidatasse.
O MPF em números
Conforme apurou a reportagem, pela primeira vez na história do MPF três mulheres ocupam postos de destaque na carreira; contudo:
“Apesar do recente destaque, as mulheres estão longe de serem maioria na carreira e, por lá, jamais chegaram a comandar a instituição. Dos 922 integrantes da ativa, 269 são do sexo feminino 29,17% do total. Em outros dois ramos do Ministério Público da União, a situação é bem diferente. No Ministério Público do Trabalho (MPT), as mulheres representam quase metade dos membros. Elas são 317 de 649 integrantes. O Ministério Público Militar, por sua vez, tem 75 integrantes, dos quais 29 mulheres (38,66%). Por designação de ex-procuradores-gerais da República, uma mulher chefiou o MPT e quatro, o ramo militar.”
Estratégia
Três subprocuradores procurados pela reportagem do Correio afirmaram que a ascensão das mulheres aos cargos é uma decisão estratégica do procurador Roberto Gurgel de se cercar de aliados em postos-chaves, o que é uma prática comum na gestão do órgão. A matéria explica que, “por terem independência funcional, os procuradores não têm chefe e podem, em tese, opinar em processos e abrir investigações caso considerem conveniente. No entanto, é o procurador-geral quem tem o poder de, na cúpula da instituição, designar quem atua no Supremo e no Tribunal Superior Eleitoral, por exemplo. Ao colocar pessoas afinadas com ele nesses cargos, Gurgel se livra de surpresas”.
Acesse a matéria na íntegra em pdf: Correio Braziliense – 12/10/09
Indicação de fontes:
Albertina Costa – socióloga, pesquisadora sênior e integrante do CNDM
Departamento de Pesquisas Educacionais da Fundação Carlos Chagas / CNDM (Conselho Nacional dos Direitos da Mulher)
São Paulo/SP
11 3723-3116 / 3721-4511, r. 3087 / 9330-5450
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Fala sobre: pesquisas de gênero; participação das mulheres na política
Fátima Pacheco Jordão – socióloga e especialista em pesquisas de opinião
Cultura Data/TV Cultura e Instituto Patrícia Galvão
São Paulo/SP
11 2182-3102 / 2182-3135 / 9423-9402
[email protected]
Fala sobre: pesquisas; participação das mulheres na política
Guacira de Oliveira – socióloga
Cfemea (Centro Feminista de Estudos e Assessoria)
Brasília/DF
61 3224-1791 / 9984-5616
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Fala sobre: mulheres na política; bancadas femininas no Parlamento
Schuma Schumaher – pesquisadora
Redeh (Rede de Desenvolvimento Humano) e Instituto Patrícia Galvão
Rio de Janeiro/RJ
21 2162-1704 / 9999-9122
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Fala sobre: mulheres na política