07/02/2012 – Imprensa destaca trajetória política e feminista da nova ministra das mulheres

07 de fevereiro, 2012

(Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República) Nota à imprensa

A ministra-chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres, deputada Iriny Lopes, está deixando o cargo depois de dar relevante contribuição ao Governo. Ela será substituída na pasta pela socióloga e professora Eleonora Menicucci de Oliveira.

A presidenta da República, Dilma Rousseff, agradece a dedicação de Iriny Lopes ao longo desse período e lhe deseja boa sorte em seus futuros projetos. A presidenta deseja ainda sucesso a Eleonora em suas novas funções à frente da Secretaria responsável por políticas que têm contribuído para melhorar a vida das brasileiras.

 


(Folha de S.Paulo) Amiga da presidente Dilma Rousseff desde a década de 1960 e sua colega de prisão na ditadura militar, a nova ministra Eleonora Menicucci, 67, promete defender a liberação do aborto à frente da Secretaria de Políticas para as Mulheres.

Socióloga, professora titular de Saúde Coletiva da Unifesp e filiada ao PT, ela assumirá o cargo na sexta-feira.
Menicucci integra o Grupo de Estudos sobre o Aborto e já relatou ter se submetido à prática duas vezes. Ontem, afirmou à Folha que levará sua convicção e sua militância na causa para o governo. “Minha luta pelos direitos reprodutivos e sexuais das mulheres e a minha luta para que nenhuma mulher neste país morra por morte materna só me fortalece”, disse.
A nova ministra anunciou que fará uma gestão de continuidade. Citou como prioridades o combate à violência contra a mulher e à “feminilização da pobreza” e a preparação das feministas para a conferência Rio+20.
Ela negou os rumores de extinção da secretaria, que circulavam desde o ano passado. “Digo isso como futura ministra. A secretaria continua com status de ministério e com muita força”, afirmou.
“Tenho muito orgulho e muita honra de ter sido presa política na luta contra a ditadura”, disse ontem.
A nova ministra chorou ao lembrar colegas que foram mortos na luta armada.
“Estou muito emocionada. Peço desculpas… [embargando a voz]. É um filme que passa na cabeça em todas as horas da minha vida, para me inspirar e me fortalecer.”Acesse em pdf: Nova ministra defende direito ao aborto (Folha de S.Paulo – 07/02/2012)



(O Globo) A presidente Dilma Rousseff escolheu a socióloga mineira Eleonora Menicucci de Oliveira, sua ex-companheira de prisão na época da ditadura militar, como nova ministra da Secretaria de Políticas para Mulheres. Ela vai substituir a petista capixaba Iriny Lopes, que deixa o cargo para ser candidata à prefeitura de Vitória.

Dirigente estudantil, presa política, feminista, pesquisadora e socióloga. Eleonora Menicucci foi companheira da presidente Dilma na ‘Torre das Donzelas’, nome dado à ala das militantes de esquerda no Presídio Tiradentes (SP), nos anos 70. Amigas desde o movimento estudantil, nos anos 60, em Belo Horizonte, Dilma e Eleonora foram presas e torturadas nos porões do DOI-Codi, em São Paulo. Reencontram-se numa cela, onde Eleonora ficou presa de 1971 a 1973. “Naquela época, era prioritariamente a luta contra a ditadura. O feminismo veio depois, já na prisão”, conta a nova ministra à reportagem de O Globo.
Eleonora foi dirigente da UNE e do Partido Operário Comunista (POC). Depois da ditadura, passou a dedicar sua carreira a pesquisas e estudos sobre a vida das mulheres, empunhando bandeiras como a descriminalização do aborto e o combate à violência. Sobre a amizade com Dilma, a ministra deixa claro: “Minha nomeação tem a ver com a minha trajetória na área, com a minha competência como pesquisadora e professora. Estou me sentindo muito honrada”.
Eleonora é pró-reitora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), onde é livre docente do Departamento de Medicina Preventiva. Formou-se em Ciências Sociais pela UFMG, e fez pós-doutorado em Saúde, Gênero e Trabalho na Universidade de Milão. Ela coordena o diretório “Saúde da Mulher e Relações de Gênero” do CNPq.


Acesse em pdf:
Dilma escolhe ex-colega de cela para cuidar das mulheres (O Globo – 07/02/2012)



(O Estado de S. Paulo) Como a presidente, a nova ministra recomeçou a vida ao deixar a prisão, em 1973, indo viver na Paraíba. Socióloga, professora titular de saúde coletiva e pró-reitora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Seu currículo inclui doutorado em ciência política pela Universidade de São Paulo (USP) e pós-doutorado na Universidade de Milão em saúde e trabalho das mulheres.

Com a mudança ministerial, Dilma deseja dar ainda mais visibilidade à questão feminina, que tem sido um dos temas centrais da sua política de governo, tanto em discursos quanto na própria distribuição de cargos.

Acesse em pdf: Dilma leva colega de prisão ao Planalto (O Estado de S. Paulo – 07/02/2012)

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(Época.com) Eleonora Menicucci foi companheira de prisão de Dilma Rousseff, quando foram presas pela ditadura militar. No fim do ano passado, ela testemunhou contra o coronel reformado do Exército, Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-comandante do Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operação de Defesa Interna (DOI-Codi) do 2º Exército, em São Paulo, durante a ditadura militar. Segundo ela e outras depoentes, Ustra teria ordenado as sessões de tortura que levaram o jornalista Luiz Eduardo Merlino à morte, em julho de 1971. A ação é de danos morais, e foi movida pela irmã e pela ex-mulher de Merlino.

“Ele (Ustra) não só tinha ciência, como era o mandante. Era chamado de major. A tortura aliviava ou aumentava dependendo da autorização dele”, afirmou a professora Eleonora Menicucci, que esteve presa por três anos e oito meses durante a ditadura militar. Assim como o jornalista, Eleonora foi militante do Partido Operário Comunista (POC). “Numa das torturas de Merlino, eu estava presente. Eu estava na cadeira do dragão e ele, no pau de arara. O Ustra entrou e saiu da sala várias vezes”, disse.


Acesse em pdf : Ministra Iriny Lopes será substituída por ex-companheira de cela de Dilma (Época.com – 07/02/2012)


(Agência Brasil) A ministra Iriny Lopes, que deixa o cargo para concorrer à prefeitura de Vitória (ES) nas eleições municipais de outubro, também participou da coletiva e fez um balanço de sua gestão no ano de 2011. Segundo ela, 100% do orçamento destinado à SPM foram executados. “Nenhum ministério acha suficiente os recursos que tem. Porém, não fomos afetados”, disse. Para este ano, estão previstos R$ 107 milhões.

Sobre a sucessora, ela avaliou que Eleonora tem experiência na área administrativa e na defesa dos direitos das mulheres e, por essa razão, foi escolhida por Dilma para o cargo.
“Saio para cumprir essa tarefa [concorrer à prefeitura de Vitória], com a concordância e o apoio da presidenta. Isso foi amplamente discutido com ela e foi o que motivou a decisão da minha saída. Farei o que é natural fazer nesses processos. Retomo meu mandato de deputada federal e, dentro do prazo que a lei eleitoral permite, intensificarei as conversas, os diálogos com os partidos no meu estado e na minha cidade”, destacou.
Acesse em pdf: Indicada para assumir a Secretaria de Políticas para as Mulheres diz que aborto é questão de saúde pública (Agência Brasil – 07/02/2012)


Saiba mais: Perfil de Eleonora Menicucci de Oliveira, nova ministra das Mulheres
Eleonora Menicucci assume a Secretaria de Políticas para Mulheres (Jornal Hoje – 07/02/2012)

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Defensora da legalização e descriminalização do aborto, a nova ministra da Secretaria de Políticas das Mulheres, Eleonora Menicucci de Oliveira, afirmou que, como integrante do governo, deixará de marcar a posição pessoal sobre o assunto. Segundo ela, o tema deve ser tratado pelo Congresso Nacional. Menicucci porém defendeu que o aborto é uma questão de saúde pública
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Com relação ao polêmico julgamento previsto para esta quarta-feira (8) no Supremo Tribunal Federal, nova ministra da Secretaria de Políticas das Mulheres, Eleonora Menicucci de Oliveira, se disse a favor de que a Corte aprove que o homem que agride uma mulher possa ser processado pela Lei Maria da Penha ainda que a vítima não preste queixa contra ele –ou se ela prestar queixa e retirar depois

 

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