11/04/2010 – Jovens se tornam presas fáceis com acessórios, por Carmita Abdo

12 de abril, 2010

Em artigo escrito especialmente para o jornal Folha de S.Paulo, a psiquiatra e professora do Departamento de Psiquiatria da USP Carmita Abdo participa da polêmica sobre o uso e proibição das pulseiras coloridas, também chamadas “pulseiras do sexo”.

Em seu texto, a médica e professora escreve:

“O perigo não está no sexo em si, mas na péssima parceria para a atividade, deflagrada, no caso, mais pelo desafio que pelo desejo, mais por atrevimento que por atração. Desafio e atrevimento que tem deixado sequelas em alguns jovens. E do que têm se aproveitado sociopatas, oportunistas sexuais, abusadores.”

“Vetar o comércio e o uso não atinge o âmago da questão, apesar de ser uma tentativa honesta de debelar o mal pela raiz. Porém, pode até estimular o uso camuflado ou gerar polêmica. Se os sociopatas não deixaram passar essa oportunidade -fazendo dela uma licença para violência – pais, educadores e a sociedade não podem se furtar à necessidade de análise que a gravidade da situação exige.”
 
“Essa sociedade negligencia, quando contempla atônita e não decodifica que as pulseiras algemam, tornando os jovens presas fáceis de um modismo insensato, um comportamento de grupo autodestrutivo. Modismos e comportamentos esses infiltrados e disseminados por adultos que se apropriam da fragilidade de uma geração que legitimamente almeja se afirmar, mas para isso não mede consequências. Não atina para o desatino.”

Acesse a íntegra do artigo em pdf: Jovens se tornam presas fáceis com acessórios, por Carmita Abdo (Folha de S.Paulo – 11/04/2010)

Saiba mais sobre a polêmica: Proibição da ‘pulseira do sexo’ gera polêmica (Portal G1 – 04/04/2010)
Acesse a entrevista: Pulseira é desculpa para crime, diz psicóloga; e também: Polícia do AM pede proibição do uso de acessório (Folha de S.Paulo – 06/04/2010)

Leia também:
16/04/2010 – De que adianta proibir as pulseiras do sexo?

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