No país, há um projeto de lei que quer propor o afastamento de três dias de trabalho a mulheres e pessoas que menstruam que tenham graves sintomas durante o período menstrual. No Dia Internacional da Dignidade Menstrual, especialistas dizem a Marie Claire que ainda é preciso desestigmatizar o assunto, combater pobreza menstrual e propor mais políticas públicas para garantir o direito às brasileiras
No primeiro dia do período menstrual, a relações públicas Rosana Duda, 38, sempre desmaiava. Já aconteceu na faculdade, a caminho do trabalho e até na farmácia, ao comprar o remédio para amenizar as cólicas. Além das fortes dores no útero – que depois descobriu ser endometriose, agora tratada –, todo mês tinha dores de cabeça e queda de pressão que a fazia ficar três dias de cama. Mesmo sem direito à licença menstrual no trabalho, lembra que, todos os meses precisava de atestados médicos porque não conseguia manter o foco.
“Uma vez, uma pessoa me perguntou se eu faltaria dois ou três dias todo mês, e eu disse que sim. É uma dor incapacitante que dura o dia inteiro. Atualmente, trabalho em uma empresa em que a maioria das funcionárias são mulheres, que entendem melhor a situação.