(Folha de Pernambuco| 03/04/2021 | Por Ângela Boldrini – Folhapress)
A divisão injusta de trabalho doméstico entre homens e mulheres deve ser alvo de políticas públicas, e não apenas uma questão familiar, defende a secretária-adjunta da ONU Mulheres, Asa Regner.
“Existe uma noção de que o que acontece dentro de uma família é algo que você não consegue melhorar com decisões políticas, mas isso não é verdade”, afirma ela em entrevista à reportagem. Para Regner, ministra da Igualdade de Gênero na Suécia entre 2014 e 2018, o mundo está longe de alcançar as metas propostas para igualdade de gênero na Conferência de Pequim, marco internacional sobre o tema.
O plano de ação adotado por 189 países em 1995 inclui o fim da violência contra a mulher, a promoção da igualdade econômica e o acesso de mulheres e meninas a serviços de saúde, inclusive reprodutiva.
A secretária também diz que, sem fiscalização, cotas para mulheres na política são ineficazes.